Eu sei que vou continuar aqui. Eu sei que você vai embora hoje e volta amanhã, mas eu vou te esperar como se o seu próximo retorno significasse a sua permanência.

Eu sei que vou pensar em partir um milhão de vezes. E só vou pensar, mas no dia em que eu realmente for, não vou mais voltar.

Eu sei que os meus pensamentos vão gritar para que eu finalmente te diga o tão planejado “adeus”, mas eu sei também que a minha boca não vai funcionar na mesma sintonia e a única coisa que vou conseguir dizer é um aflitivo “até já”.

É porque no fundo eu quero te encontrar de novo. É porque no fundo eu já me acostumei com o seu modelo atípico. É porque no fundo eu já me conformei que os nossos encontros não passam de desencontros não planejados que teimam em se repetir.

E é porque no fim disso tudo eu vejo um abismo no qual eu ainda não sei se ou me jogar no momento em que eu der prioridade aos meus pensamentos ou quando a gente concretizar tudo aquilo que ainda não passou de planos falados.