Escrita terapêutica: 6 dicas simples para começar a escrever
Você já ouviu falar em escrita terapêutica? Não se trata de nada mirabolante e complexo. Simplesmente estamos falando sobre utilizar a escrita como uma ferramenta de expressão de sentimentos, ideias e pensamentos.
Muita gente tem cultivado o hábito de escrever com o objetivo de aliviar tensões, amenizar o estresse e promover o autoconhecimento. Assim, a escrita passa a ter um viés terapêutico muito valioso e nos ajuda a evoluir.
Quem acompanha o meu trabalho sabe que sempre reforço que a escrita é para todos. Não é necessário ser da área de humanas: jornalista, produtora de conteúdo, publicitário… Todo mundo pode (e deve) escrever. Para incentivar mais gente a cultivar esse hábito como hobby mesmo (e quem sabe você pega o gosto e cria novos projetos e sonhos), compilei algumas dicas simples que podem ser o empurrão você precisava. Espero que seja inspirador!
Vamos começar pelo básico: entendendo a escrita terapêutica
Bom, antes de entrarmos nas dicas práticas, quero falar um pouquinho mais sobre o conceito de escrita terapêutica. Trata-se de escrever livremente sobre seus sentimentos e pensamentos.
É muito importante não se deixar limitar por regras ou estruturas, as palavras devem simplesmente fluir. Além disso, uma dica bem valiosa é focar em contar como você está se sentindo e não necessariamente as situações em si.
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Vamos a um exemplo: você brigou com a sua mãe, discutiram feio, berraram etc. O foco da escrita terapêutica não é necessariamente o fato de terem gritado e os detalhes da discussão, mas como você se sentiu em relação ao ocorrido. Triste? Angustiada? Coloque esses sentimentos no papel.
Como já citado no começo deste artigo, os benefícios de colocar os sentimentos para fora por meio da escrita são muitos:
- alivia o estresse e a ansiedade;
- auxilia na organização das ideias e pensamentos;
- ajuda a enxergar a sua evolução ao longo do tempo;
- desperta o autoconhecimento mais profundo.
6 dicas para começar a exercitar a escrita terapêutica
Desde pequena gosto de cultivar diários, mas o hábito se perdeu por alguns anos, até que o resgatei em 2020, no meio da pandemia. Voltei a sentir a necessidade de ter um caderno especial para registrar os meus pensamentos e reflexões, sem me preocupar em publicar nas redes sociais. São escritos meus, que me acompanharão para sempre.
Muita gente tem dificuldade para criar esse hábito (ou não vê valor na atividade), mas com essas orientações baseadas na minha experiência pode ser que algumas barreiras sejam ultrapassadas e a escrita se torne um portal mágico na sua vida. Confira!
1. Tenha um caderno específico para esta atividade
Você não precisa necessariamente exercitar a sua escrita terapêutica em um caderno, mas é uma dica valiosa. A experiência de escrever com papel e caneta ajuda a criar uma conexão maior com a atividade e consigo mesmo.
O ideal é usar o caderno com um diário e, anos depois, revisitar escritos sobre quem você era e o que sentia no passado.
2. Escreva como se estivesse conversando com uma amiga
Não se preocupe com regras, estruturas e julgamentos. Você está escrevendo apenas para si mesma e o importante é expor o que está sentindo. Para ajudar, imagine que está escrevendo como se conversasse com uma amiga, de maneira informal mesmo.
Elimine o peso do olhar alheio, pois ninguém precisa ler o que você está escrevendo. Lembre-se de que é um exercício só seu.
3. Escreva sobre detalhes do cotidiano
Quando não souber sobre o que escrever, apenas procure relatar como está se sentindo, conte sobre o seu dia. Não se preocupe em escrever apenas “coisas importantes” ou grandiosas. Os detalhes do cotidiano também importam e impactam como você está se sentindo.
4. Incremente a atividade com colagens
Você pode ir além da escrita e incrementar a atividade por meio de colagens, desenhos e o uso de canetinhas coloridas diferentes. Dessa forma, o momento da escrita terapêutica também se torna uma expressão da criatividade visual.
5. Crie um ambiente acolhedor para escrever
Pode parecer besteira, mas o ambiente influencia muito na nossa disposição para escrever. Talvez, um lugar barulhento e pouco iluminado não te inspire a realizar essa atividade. Por isso, é importante criar um ambiente acolhedor e que te incentive a escrever.
Uma dica é procurar entender qual é o momento do dia em que se sente mais disposta e inspirada para escrever. Muita gente gosta de fazer isso pela manhã ou no fim do dia.
6. Não crie pressão para escrever todos os dias
A dica final é importantíssima para que escrever não se torne algo “apenas obrigatório” na sua rotina. Não se deixe levar pela pressão de que é necessário escrever todos os dias: encontre o seu ritmo e respeite-o. A escrita deve ser uma atividade prazerosa.
Apenas permita-se, a escrita é para todos
A mensagem final deste artigo não poderia ser outra, afinal, a escrita pode ser uma ferramenta valiosa para todo ser humano, mas para isso é preciso se permitir. Sempre vou reforçar que todo mundo pode escrever e colher os benefícios desta prática, basta querer e se abrir para o processo.
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