Como superar o medo de se expor na escrita?

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Bruna Cosenza
5 de outubro de 2021

Se você está no bonde das pessoas que têm medo de se expor por meio da escrita, não se sinta sozinha: tem mais gente com você nessa. O medo dos julgamentos alheios é não é um bloqueio só seu.

Muitas pessoas que me acompanham e fazem os meus cursos e aulas apontam esta como uma das suas maiores travas. E não há uma fórmula mágica para resolver tal problema. Mas já faz alguns anos que me exponho bastante nos conteúdos que produzo na internet e nos meus livros e, dessa forma, fui aprendendo um pouco mais sobre como perder esse medo (que eu também tinha no começo).

Hoje, falo abertamente sobre algumas vulnerabilidades relacionadas ao trabalho e à minha saúde mental, por exemplo, mas tem coisas que também não consigo expor (ainda). É tudo um processo em, neste artigo, espero te ajudar a entender como é possível se abrir aos poucos para perder o medo.

Confira, em seguida, algumas dicas simples e muito eficientes!

1. Escreva sobre o que você viveu

Um dos maiores medos de quem escreve é ser chamado de “metido a sabe tudo”. Pessoas jovens que fazem consultoria comigo falam sobre esse receio, pois se consideram muito novas para ensinar algo a alguém.

Pois é, ainda vivemos imersos na falsa ideia de que só os mais velhos têm algo a ensinar, mas não é verdade. Cada um dentro da sua área e experiências pode repassar algum tipo de conhecimento aos outros.


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Por isso, a minha primeira dica é sempre procurar escrever sobre o que você viveu, ou seja, experiências e sentimentos que são reais (você não está inventando nada). Dessa forma, quando você simplesmente compartilha as suas vivências, erros, acertos e aprendizados, ninguém poderá apontar o dedo e dizer: “você está bancando a sabe tudo”.

Você está apenas expondo para o mundo o que vive e sente e isso é real, ninguém pode tirar de você. Sendo assim, evite escrever sobre qualquer assunto com o qual não tenha familiaridade, pois pode soar forçado e o medo de ser julgado acaba sendo maior.

2. Mostre as suas imperfeições

Algumas pessoas têm medo de mostrar que não são perfeitas. Elas são perseguidas pelo pensamento de que serão julgadas se demonstrarem algum tipo de fraqueza, dificuldade ou medo.

Vivemos em uma sociedade em que boa parte das pessoas apenas divulga o seu lado mais perfeito, sem defeitos e dores. A escrita, no entanto, passa pela imperfeição. Na verdade, ela se abastece disso e precisa de um pouco de vulnerabilidade para se conectar com o outro.

Quando você tem a coragem de falar sobre questões dolorosas, tenha a certeza de que aqueles que estão passando pela mesma situação irão se identificar, se sentir acolhidos.

Recentemente, eu estava passando por questões difíceis na vida profissional e em relação à ansiedade. Publiquei alguns textos sobre isso e, por incrível que pareça, me senti menos sozinha. Com tanta gente falando “eu também estou assim” como me sentiria sozinha?

Além de criar conexões reais, quando você expõe a sua vulnerabilidade as pessoas têm a certeza de que você não está tentando se passar por um “guru” que sabe tudo. Há um ser humano por trás das palavras.

3. Comece com assuntos mais leves

Para afastar o medo, o ideal é começar produzindo conteúdo sobre temas com os quais se sente mais confortável para expor as suas vivências e visões. Conforme for ganhando confiança, pode ir abordando assuntos mais doloroso e complexos.

Eu, por exemplo, não comecei escrevendo sobre a minha ansiedade e sobre como muitas vezes me sinto uma impostora profissionalmente. Essas questões são muito delicadas e foi com o tempo que me senti mais confortável para expô-las.

Não é simples nem fácil começar escrevendo sobre o que mais dói e mais visibiliza a sua vulnerabilidade. Nem tente começar por aí, mas esteja disposta a chegar lá em algum momento.

Aceite o seu processo

Escrever é um processo de autoconhecimento e coragem. Muita gente não escreve porque não quer se expor e o ato de escrever em si já é uma exposição (seja ela leve ou profunda).

Acredito que a única forma de nos conectarmos verdadeiramente com o leitor e fugirmos de textos impessoais e genéricos é colocando a nossa essência nas palavras. E não tem como fazer isso sem exposição.


Leia também: Escrita criativa – como colocar a sua essência nos seus textos?


Mas a boa notícia é que você pode (e deve) aceitar o seu ritmo, o seu processo. Algumas pessoas se importam menos com os olhares alheios, enquanto outras se sentem completamente travadas ao pensar na possibilidade de alguém invadir a sua intimidade. Como tudo na vida, leva tempo.

Mas depois que você entende que a exposição realizada com equilíbrio e determinados limites é saudável, se torna um processo natural na sua escrita.

Eu, por exemplo, não fico pensando se vou ou não me expor quando escrevo um texto: já não existe outra forma de me expressar pelas palavras que não seja por meio da exposição.

Eu gosto, sou feliz assim e sinto que me ajuda a me conectar muito mais com as pessoas. E é sobre isso e muito mais que eu falo no meu…

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