Como me tornei LinkedIn Top Voice: um pouco sobre a minha história
Às vezes, me pego pensando que ser nomeada LinkedIn Top Voice é muito interessante, mas não passa de um título. O que isso quer dizer de verdade é muito pessoal para cada uma das pessoas da lista.
Quando você recebe um reconhecimento dessa magnitude, passa a refletir sobre todas as escolhas que te fizeram chegar até lá e como tudo poderia ter sido diferente se você não tivesse tido coragem ou, por algum motivo, escolhesse outra rota.
Hoje, eu quero contar um pouco para vocês como foi a minha história até aqui e dar algumas dicas para quem também sonha em se tornar uma referência em produção de conteúdo aqui na rede (ou em qualquer outro lugar).
Como tudo começou
Já contei um pouco sobre a minha história nos últimos meses ao compartilhar tanto conteúdo no LinkedIn, mas para explicar como cheguei até aqui e me tornei Top Voice, preciso retomar toda a minha trajetória.
Bom, tudo começou quando, lá com 18 anos, por algum motivo escolhi cursar publicidade e propaganda. Como sempre gosto de dizer, acho que são poucas as pessoas que, nessa idade, têm clareza sobre a importância de tal decisão. Eu, com certeza, não tinha. E está tudo bem.
Estagiei em duas agências de publicidade na área de planejamento. Ao me formar, acabei saindo porque não tinha vaga aberta para ser efetivada. Tudo bem. Eu me lembro de até achar bom, pois estava meio perdida na época. Foi nesse segundo estágio que começaram alguns questionamentos.
Já não sabia muito bem se aquilo tudo fazia sentido e comecei a pensar em alternativas. Acontece que a oportunidade que acabou batendo na minha porta alguns meses depois foi em outra agência. Lá fui eu, achando que poderia ser diferente e mais satisfatório daquela vez.
Eita! Não foi não. Mas daí o bicho já tava pegando e os níveis de insatisfação foram lá para o alto. Eu tinha certeza de que o mundo das agências não era para mim, mas não fazia ideia do que fazer com essa constatação. Para aonde ir?
A primeira transição
A minha primeira transição profissional aconteceu entre 2017 e 2018, quando depois de muitos cafés com pessoas que trabalhavam em áreas diferentes da minha (principalmente no terceiro setor), eu caí em uma organização sem fins lucrativos.
Empolgação lá em cima, certo? Hã… Certo! Mas não por muito tempo. Para uma pessoa organizada, que sempre tinha trabalhado com gente mais sênior e em empresas cheias de estrutura, cair no terceiro setor foi um choque total. Era tudo confuso e diferente, desde os processos até o perfil das pessoas.
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O lado bom? Com certeza provei para mim mesma meus altos níveis de adaptabilidade e resiliência. Aprendi muito, principalmente no que diz respeito às soft skills e trabalhei bastante a minha insegurança.
A segunda transição
Não demorou muito para que algo começasse a me incomodar. Nem era mais o fato daquele ambiente ser muito diferente do que eu estava acostumada. Tinha algo a mais me perturbando, mas eu não sabia o que era.
Confesso que fiquei acomodada por uns meses, torcendo para uma resposta divina cair na minha cabeça, mas é claro que nada aconteceu. Ou melhor: aconteceu quando eu tirei a bunda da cadeira e fui atrás.
Em abril de 2019, durante as minhas férias, a minha chefe me avisou que tinha pedido demissão. Ela era uma das grandes razões que me faziam continuar naquele lugar, pois nos dávamos bem e aprendia muito ao seu lado. Foi um baque saber que ela estava saindo (ainda mais bem no meio das minhas férias). Eu já não estava muito contente, então voltar foi ainda mais difícil.
Foi nesse momento, quando estava com raiva e angustiada, que precisei assumir ainda mais responsabilidades no trabalho. Sem uma gestora, eu era a pessoa mais sênior da equipe e precisei abraçar diversas tarefas que antes eram da minha chefe. Tenho muito orgulho quando me lembro de como toquei tudo sem deixar nenhum pauzinho cair.
Isso também fez com que eu me valorizasse bastante. Porém, o mais importante da saída da minha chefe foi que, naquele momento em que ela me disse “Eu me demiti!”, tomei a minha decisão de partir para outros caminhos também.
O que eu faria e para aonde iria? Não fazia ideia, mas estava disposta a descobrir. Lá fui eu, perdida mais uma vez, atrás de respostas escondidas. E a vida colocou novamente pessoas essenciais em meu caminho: uma das minhas primeiras chefes, da época de estágio, entrou em contato para falar sobre um freela.
A verdade é que o freela não tinha nada a ver comigo, mas aproveitei a oportunidade para contar a ela o momento que eu estava passando. E não é que ela foi a pessoa que me ajudou a entender os meus próximos passos? Não nos falávamos há anos e ela apareceu bem naquele momento. Loucura!
O que aconteceu depois disso?
No final de 2018, na Black Friday, comprei o curso de Marketing Pessoal e Produção de Conteúdo no LinkedIn, do Matheus de Souza, LinkedIn Top Voice 2016. Eu seguia ele na rede há um tempo, mas não tínhamos muito contato. Gostava de seus conteúdos e me inspirava com a sua história, pois ele também não conseguia se sentir feliz no CLT e tinha virado nômade digital.
Bom, antes de sair das minhas férias em 2019, fiz o curso e me comprometi a começar a produzir conteúdos no LinkedIn depois de voltar de viagem.
Não deu outra. Na semana em que voltei já tinha um artigo postado na rede. Até aquela época eu postava muito esporadicamente porque o foco do meu blog eram textos sobre relacionamentos. Precisei diversificar as temáticas, ampliando para carreira e dicas de escrita. Além disso, o curso do Matheus tinha me ensinado que consistência era a chave do negócio.
Criei o meu calendário editorial e, desde então, não fiquei uma única semana sem publicar. De segunda a sexta, todos os dias um post, um artigo ou uma reflexão. Foram mais de 30 artigos produzidos desde abril de 2019 até hoje. Essa era sempre a primeira coisa que eu fazia assim que chegava no escritório.
Além de produzir conteúdo no LinkedIn, criei o meu portfólio, me cadastrei em plataformas de freelas e me inscrevi em uma oficina de escrita. Estava decidida: eu iria trabalhar escrevendo e sairia do corporativo.
Parecia que a resposta estava o tempo todo dentro de mim, eu é que não conseguia enxergar. Primeiro, achava que o problema era a agência onde eu estava, depois que o problema eram todas as agências e, por fim, que era a ONG na qual trabalhava. Na verdade, o problema era muito mais fundo.
Eu não queria trabalhar com marketing de produto, nem com planejamento estratégico. Não queria ir para o escritório todos os dias e ser obrigada a sorrir durante as intermináveis reuniões todos os dias. Aquilo não era eu.
Então, quem eu era?
Eu era a Bruna, escritora e produtora de conteúdo freelancer. Dona dos meus horários, sem chefes permanentes e apaixonada pelas palavras.
Comecei a compartilhar dicas de carreira no LinkedIn baseadas nos meus dilemas, dicas de escrita e também continuei postando meus textos sobre relacionamentos. A repercussão foi muito boa e eu ficava contente sempre que as pessoas diziam como se inspiravam com as minhas palavras.
A minha meta era sair do CLT até dezembro de 2019, mas acabei pedindo demissão antes. Não porque estava cheia de freelas e super segura, mas porque aquilo era insustentável. Meu corpo ia para o escritório todos os dias como um esqueleto e minha mente vagava por outros cantos.
Sim, eu já tinha vários freelas e um ótimo planejamento financeiro, mas poderia ter esperado um pouco mais se quisesse mais segurança. Eu não quis. Eu não podia mais.
Sair do corporativo foi a decisão mais difícil que já tomei em minha vida. Abrir mão da estabilidade é bem mais complicado do que muita gente imagina. É preciso estar preparado para os altos e baixos.
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Não me arrependo nem um pouco. Era o que precisava ser feito. Sou muito mais feliz hoje e tenho uma vida mais saudável. Pratico mais esportes, durmo mais, gasto menos tempo no trânsito e até as minhas unhas cresceram (o que a ansiedade não faz com a gente, né?). Antes, eu era dominada por pensamentos ruins. Hoje? Por mais que tenham dias difíceis, tento sempre olhar positivamente para tudo o que construí em apenas 7 meses.
Fiz uma mudança radical de carreira que me trouxe mais felicidade e o LinkedIn me elegeu uma das vozes mais influentes da rede em sua lista de Top Voices. Como não ser grata por tudo isso? É muito mais do que eu poderia imaginar que conquistaria nesse ano.
Enfim, os ensinamentos!
E depois de toda tempestade, chegam os aprendizados. Com certeza, 2019 foi um ano revolucionário e eu termino esses 365 dias super reflexiva em relação a todas as mudanças e conquistas.
Em janeiro, eu jamais imaginaria que tudo isso aconteceria. É muito louco como a vida dá voltas e nos faz enxergar tudo sob novas perspectivas.
Para mim, o mais legal da lista de Top Voices é que ela dá espaço para pessoas comuns, como eu. Não sou famosa, milionária ou influenciadora. Sou apenas eu! Muita gente almeja receber esse reconhecimento e, pensando nisso, separei algumas dicas essenciais que funcionaram para mim. Confira abaixo!
1. Curso Marketing Pessoal e Produção de Conteúdo no LinkedIn
Não sei como, mas algum dia o Matheus apareceu no meu feed a passei a acompanhar o seu trabalho. Decidi comprar o seu curso, mas não fazia ideia de que ao tomar essa decisão estaria mais próxima de todas essas conquistas.
Recomendo de coração esse curso para todo mundo que deseja começar a produzir conteúdo com maior consistência no LinkedIn. Dez das pessoas que saíram nas listas de Top Voices de 2018 e 2019 passaram pelo curso do Matheus, ou seja, você aumenta significativamente as suas chances de se tornar relevante!
E não é só isso: o Matheus é super gente boa e acessível. Logo que terminei o curso enviei um e-mail para ele e, em poucos dias, me respondeu dando conselhos super importantes e que me fizeram continuar publicando no Lnkedin artigos além da esfera de carreira.
2. Escreva sobre suas paixões e experiências
Uma dica que gosto de dar para quem está começando é que escrevam com paixão e sobre o que já viveram.
No meu caso, por exemplo, os textos que mais geraram identificação com os leitores foram aqueles que falavam sobre situações profissionais que eu tinha vivenciado, dilemas amorosos comuns a todos nós e dicas de escrita que aprendi ao longo da minha carreira.
Tudo baseado em experiências próprias. As pessoas gostam de relatos verdadeiros e sabem quando o que você escreve vem do coração. É importante abordar temas universais e também falar sobre as áreas na quais você quer se tornar uma autoridade.
3. Não tenha medo de julgamentos
Muita gente tem medo de publicar porque acha que será julgado. De fato, a partir do momento em que você se expõe em uma rede social isso pode acontecer. No entanto, esse medo não pode te impedir de fazer o que você tem vontade.
Superei esse obstáculo lá atrás, quando criei o meu blog, Para Preencher, mas me lembro de como era difícil publicar. Ficava ansiosa, pensando no que diriam. Hoje, isso não me abala nem um pouco.
A confiança vem com o tempo. Você precisa acreditar em si mesmo e no seu potencial, pois dessa forma saberá relevar possíveis críticas agressivas.
Uma mensagem final para quem me segue
Quero terminar esse artigo agradecendo a todos os meus leitores. Tem gente que me acompanha desde a época que o Facebook bombava, lá em 2014. É muito lindo ver os meus textos alcançando cada vez mais gente e, principalmente, inspirando as pessoas a tornarem os seus sonhos realidade.
Todas as vezes que alguém me envia uma mensagem contando como as minhas palavras confortaram ou inspiraram o seu dia, eu abro um sorriso enorme. Nada me deixa mais contente.
Acredito que seja por isso que eu tenha saído na lista de Top Voices 2019. As pessoas enxergaram a paixão que coloco em meus textos e, para mim, esse é o ingrediente essencial para que as palavras ganhem vida.
Espero continuar inspirando todos vocês a realizarem os seus sonhos sempre. É para isso que eu escrevo todos os dias.
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