5 dicas essenciais para escrever conteúdos que geram identificação

literatura-e-escrita
Bruna Cosenza
13 de fevereiro de 2020
como-escrever-conteúdos

Para ganhar visibilidade e autoridade digital por meio da produção de conteúdo é preciso entender como escrever conteúdos que geram identificação.

Muitas pessoas não têm clareza sobre as diferenças que existem entre apenas escrever e escrever textos autênticos e capazes de fazerem as pessoas se identificarem de verdade.

Já faz alguns anos que escrevo conteúdo digital e pude perceber que os conteúdos que mais bombaram tinham algumas características em comum. Existe, portanto, uma diferença clara na minha cabeça entre conteúdos muito bons, mas que geram pouca identificação e conteúdos muito bons que conseguem criar uma conexão com o leitor.

Ficou confuso? Bom, o que eu quis dizer é que alguns conteúdos são ótimos, super informativos e úteis, resolvendo uma necessidade específica das pessoas. No entanto, enxergo que esses textos têm um viés mais técnico e não criam um elo emocional com as pessoas.

Hoje, muito se fala sobre a otimização de conteúdos para os mecanismos de buscas, mas acredito que não podemos nos limitar apenas a isso, pois deixamos de lado o que existe de mais humano na escrita.

Vou me aprofundar mais nesse ponto ao longo do artigo, mas já deu para entender que vamos falamos sobre conteúdos humanizados e autênticos, não é mesmo?

Como escrever conteúdos que geram identificação

Confira algumas dicas que separei para você que deseja aprender como escrever conteúdos que realmente se conectem com o leitor e façam com que ele se identifique.

Tudo aqui é baseado na minha experiência produzindo conteúdos digitais há alguns anos, seja para o meu blog ou para clientes.

1. Fale sobre o universal de uma forma particular

Essa é, de longe, uma das dicas mais importantes se você deseja aprender como escrever conteúdos com os quais os leitores se identificam.

Falar sobre algo universal significa que você deve procurar abordar assuntos que sejam dores, alegrias, medos, descobertas de várias pessoas.

O que a insegurança profissional, a dor do término de um relacionamento e o medo de tomar decisões têm em comum? São situações pelas quais todo mundo passa em algum momento da vida, ou seja, ao falar sobre elas muita gente vai se identificar.

O segredo, no entanto, é falar sobre temas universais de uma forma particular, ou seja, com um olhar bem pessoal.

Com isso, quero dizer que não basta falar da insegurança profissional de uma maneira ampla demais, pois dessa forma você também não estará conversando com ninguém. É preciso afunilar um pouco e colocar a sua visão sobre o assunto.

Além disso, ao colocar a sua visão pessoal sobre um assunto, a sua personalidade fica registrada. Aos poucos, os leitores vão identificando o seu jeito de enxergar a vida e quais são os seus posicionamentos.

Confira um exemplo:

No texto “O que você aprendeu com o seu coração partido?” eu abordo uma dor universal, o coração partido.

No entanto, saio do macro e vou para o micro, colocando uma visão bem particular sobre o assunto, conduzindo o leitor para que ele se identifique com tudo o que está sendo relatado no texto.

Vale ressaltar que esse não é um texto pensado em SEO, é totalmente pautado no coração e, por isso, é capaz de gerar muita identificação com os leitores.

Termino o texto com aprendizados sobre o coração partido, que também são muito pessoais, ou seja, o que eu aprendi não é o mesmo que a minha amiga aprendeu.

Portanto, eu peguei um tema universal, o sofrimento por amor, e consegui trabalhá-lo para que tivesse um olhar pessoal e íntimo. As pessoas que leem podem facilmente se identificar porque apesar das particularidades do texto, o pano de fundo é uma dor universal que todos já sentimos ou sentiremos em algum momento de nossas vidas.

2. Escreva sobre o que você gosta e tem familiaridade

Não invente de escrever sobre o que todo mundo está escrevendo só para tentar surfar na onda, está bem?

Antes de tudo, você precisa saber quais nichos vai atacar, afinal, não dá para conquistar o mundo inteiro. Feito isso, você vai começar a pensar em como escrever conteúdos que gerem identificação para aquele público que foi determinado.

Essas escolhas devem sempre levar em consideração quem você é, assuntos sobre os quais gosta de falar e com os quais tem familiaridade. Caso contrário, você estará dando um tiro no pé.

Escrever é muito mais gostoso quando temos afinidade com o assunto. Além disso, as pessoas sentem quando o conteúdo é forçado e não tem paixão. Quando você escreve sobre algo que realmente gosta, é muito mais fácil gerar identificação.

A dica, portanto, é não se apegar às modinhas. Ah, está todo mundo falando de nomadismo digital, então vou falar também. Ué, mas você gosta do assunto? Tem propriedade para falar? Tem conhecimento sobre?

Tudo isso deve ser levado em consideração antes de tomar a decisão de falar sobre um tema em seus conteúdos. Afinal, se você começar a abordar o nomadismo digital, mas não sabe nada sobre o tema e nunca viveu a experiência, com certeza seus conteúdos serão rasos e não terão influência sobre os leitores.

Confira um exemplo:

No texto “Carreira de escritor: conheça 5 mitos sobre a profissão” falo de uma forma bastante pessoal sobre os perrengues que um escritor enfrenta ao longo da sua carreira.

Eu tenho propriedade para falar sobre o assunto, visto que sou uma escritora, já publiquei um livro e tenho certa experiência na área.

Por outro lado, seria muito esquisito sair falando sobre mercado financeiro, já que além de não gostar do assunto, não entendo nada. Não geraria nenhuma credibilidade e, diferente deste artigo, não conseguiria fazer com que os leitores se identificassem.

3. Use acontecimentos reais para fornecer aprendizados

Para entender como escrever conteúdos que geram identificação é preciso aprender sobre o poder dos exemplos reais.

Eu sempre tive o hábito de compartilhar a minha vida de alguma forma em meus textos, pois acho que isso os torna mais verdadeiros. Aos poucos, pude perceber que as pessoas gostavam e isso ajudava a gerar identificação, pois elas se viam nas situações que eu relatava.

Para completar, me dava muito mais credibilidade falar sobre um assunto sobre o qual já tinha vivenciado. Esse é um truque incrível para começar a trabalhar em seus textos, mas lembre-se de que você não deve sair inventando histórias só para gerar engajamento.

Devem ser relatos genuínos, caso contrário, essa técnica poderá até se voltar contra você.

Confira um exemplo:

O texto “Como planejar o pedido de demissão (ou como evitar se demitir no momento errado)” é um ótimo exemplo, pois ao longo de toda a construção eu conto sobre os meus pedidos de demissões.

A fim de ajudar quem está passando por esse momento, dou conselhos baseados na minha experiência, apontando erros e acertos.

O conteúdo fica muito mais rico, autêntico e as pessoas se identificam com a situação que está sendo contada.

4. Saiba equilibrar razão e emoção

Precisamos falar sobre razão e emoção, ou seja, sobre escrever conteúdos focados em performance e conteúdos de viés mais literário.

O que eu quero dizer com isso é que se você deseja aprender como escrever conteúdos que geram identificação, não poderá se prender totalmente às regras de otimização.

Com certeza em alguns momentos será necessário focar na persona e saber exatamente quais tipos de problema você precisa ajudá-la a solucionar, no entanto, isso não pode te limitar.

É preciso conseguir equilibrar os dois lados. Escreva conteúdos otimizados para SEO, mas não se esqueça dos conteúdos otimizados para o coração.

Apesar de estar bem ranqueado no Google ser essencial para ganhar visibilidade, você também precisa demonstrar o seu lado mais humano em seus textos. Muitas vezes é possível conciliar os dois, mas em alguns momentos você vai precisar escolher.

Portanto, não tenha medo de produzir conteúdos pensando em ambos os objetivos e ir balanceando.

Os conteúdos mais racionais, ou seja, produzidos de acordo com SEO, normalmente (veja bem, não é uma regra) acabam ficando um pouco mais limitados. Você escreve pensando no que as pessoas buscam e não deixa a mente e o coração direcionassem o texto.

Por outro lado, quando você pensa menos em SEO, tem mais possibilidades e liberdade para escrever, podendo resultar em textos mais autênticos.

Confira exemplos:

O “Produção de conteúdo: o que é e como começar a escrever” foi feito para atender uma necessidade clara de pessoas que desejam começar a escrever, mas não sabem como.

Trata-se, portanto, de um conteúdo informativo, que será muito útil para o leitor, mas não será capaz de provocar nenhum sentimento ou gerar muita identificação. Estou dando a solução para uma necessidade.

Já o “Mais assustador do que abrir mão da estabilidade é abrir mão dos seus sonhos” não foi nem um pouco pensado em SEO. Ele é um relato muito sincero que, novamente, fala sobre um tema universal com um olhar bem particular.

Com certeza ele gera muito mais identificação do que o primeiro, pois tem um tom emocional e faz as pessoas se enxergarem na situação. Ele não é tão técnico como o primeiro, mas mesmo assim é capaz de ajudar as pessoas a solucionarem um problema, porém, de forma bem menos direta.

5. Tenha a coragem de se mostrar vulnerável

Por fim, a última e uma das dicas mais importantes para você que deseja aprender como produzir conteúdos que gerem identificação, é ter a coragem de se mostrar vulnerável.

Isso quer dizer que você não deve pintar uma realidade cor de rosa e perfeita em seus textos. Você não é a Mulher Maravilha e nem o Super Homem. Você é apenas um ser humano, com medos, inseguranças, defeitos, como qualquer outro.

Ter a coragem de falar sobre o seu lado imperfeito é uma ótima forma de atrair leitores, pois todo mundo quer ter a certeza de que não está sozinho nesse barco de inseguranças da vida.

As pessoas estão cansadas de narrativas perfeitas nas quais tudo dá certo. Elas querem erros e acertos. Querem autenticidade.

Ao expor a sua vulnerabilidade nos textos, você estará demonstrando que é imperfeito e que está disposto a aprender com seus erros, medos e inseguranças. Com certeza as pessoas irão se identificar, pois elas passam por isso também.

Confira um exemplo:

O artigo “Uma reflexão sobre se cobrar menos e se valorizar mais” tem como tema central alguns dos meus questionamentos no final de 2019.

Foi um ano de muitas mudanças em minha vida e apesar de ter conquistado tantas coisas, ainda assim me sentia incapaz.

Sabendo que essa era uma dor universal, dei um tom pessoal para ela e contei de coração aberto para as pessoas que eu também me sentia dessa forma. Muita gente acha que por ter sido nomeada LinkedIn Top Voice, a minha vida é mil maravilhas, chovem jobs e o dinheiro é abundante.

Que nada! Tenho que pagar tantos boletos quanto você e, muitas vezes, fico ansiosa, triste e com medo do futuro também.

Pronto para começar a produzir conteúdos que geram identificação?

Bom, agora é pegar essas 5 dicas e começar a colocar em prática!

Não se esqueça: bons conteúdos devem ser profundos e verdadeiros. Faça isso e automaticamente seus leitores se identificarão com as suas palavras.


Gosta do artigo? Continue acompanhando os meus textos no LinkedIn. Clique aqui e me siga por lá!