Escolhendo tomates
Escolher tomates exige paciência.
Se você está com pressa, provavelmente vai tomar decisões erradas. Ao chegar em casa, há um grande risco de se deparar com tomates maduros ou verdes demais. Alguns estarão machucados ou quase podres. Outros duros demais para serem consumidos.
Para escolher os tomates ideais é preciso tatear, analisar a firmeza e a cor, e não apanhar os primeiros logo de cara apenas para se livrar da tarefa.
Caso o desejo seja cozinhar um molho de tomate, é interessante que o fruto esteja mais maduro. Já se o objetivo for se deliciar com uma salada fresquinha, é preciso buscar o meio do caminho: nem muito verde, nem muito maduro. Aquele ponto de equilíbrio perfeito.
Hoje, fui ao sacolão da Lapa e passei alguns bons minutos analisando minuciosamente cada tomate que coloquei na minha sacola. Sem pressa, no meu tempo, gosto de apalpar para ter certeza de que o fruto está em condições ideias para as refeições da semana.
O meu preferido é o italiano. Aprendi com a minha mãe tudo o que sei sobre tomates, inclusive a cortá-los bem fininhos para colocar na salada. Como boa figura materna, desde a infância ela se esforça para me ajudar a tomar decisões.
Não existem tomates bons ou ruins, existem apenas os mais adequados para aquilo que você pretende cozinhar. Para quem não treinou desde pequeno, pode ser mais difícil compreender isso e a tarefa acaba sendo reduzida somente a um pequeno fardo do cotidiano.
Escolhas, escolhas, escolhas…
A verdade é que, assim como em boa parte das atividades que executamos, é preciso colocar intenção. O que desejo com aquele tomate? É o prato que define os ingredientes. E só é possível definir os melhores ingredientes se eu souber o que será preparado com os mesmos.