“Milagres do Paraíso”: uma história de fé inabalável

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Bruna Cosenza
24 de abril de 2016
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O filme “Milagres do Paraíso” explora como a fé inabalável de algumas pessoas é capaz de ajudá-las a superar situações que, para alguns, seriam insuperáveis. 

Nunca fui uma pessoa muito religiosa, mas por algum motivo sempre tive fé em algo que nem eu sei muito bem o que é. Sempre tive fé em um poder maior que paira sobre toda a humanidade. Algo que não vemos, não entendemos por completo, mas sentimos em alguns momentos de nossas vidas.

O filme “Milagres do Paraíso” é extremamente religioso. A história é baseada em fatos reais, mais especificamente na família Beam. Christy e Kevin são pais de três meninas: Abbie, Annabel e Adelynn.

A vida deles muda drasticamente quando Annabel é diagnosticada com uma doença dita como incurável. A partir disso começa a saga da família atrás de tratamentos que ajudem a pequena Anna.

“Milagres do Paraíso”: emoção do começo ao fim

O amor incondicional da mãe pela filha, a luta de toda a família para não perderem as forças num momento crucial da vida de Anna e, é claro, a maneira como a pequena garota enfrenta toda a doença, são pontos que nos fazem sair do cinema refletindo.

Mais do que isso, o filme proporciona reflexões muito ligadas à religião. Com a doença de sua filha, Christy começa a perder sua crença em Deus, questionando os motivos de tudo aquilo estar acontecendo.

Assim como em muitos momentos de nossas vidas, mesmo aqueles que não são religiosos acabam se perdendo quando sofrem algum baque muito forte. Em situações como a da família Beam é muito difícil manter a fé, pois o desespero nos faz questionar por que tudo aquilo está acontecendo.

Infelizmente, não há resposta para algumas coisas. Realmente, muita gente boa sofre nesse mundo. Annabel foi apenas mais uma delas. Independentemente do desfecho do sofrimento de cada um, toda dor nos faz enxergar algumas coisas com mais clareza.

Quando a dor é muito grande, o que vem depois?

É incrível notar como Annabel enfrentou toda a sua doença. A garota não tinha medo de morrer, pois sempre encontrava conforto em sua religião, em Deus. Para mim, uma das cenas mais marcantes do filme é quando Anna diz à mãe que deseja morrer.

A menina simplesmente quer que seu sofrimento acabe e, para isso, deseja encontrar a paz em sua morte. E isso nos faz pensar… O quão grande deve ser um sofrimento para que desejemos a nossa própria morte?

Annabel e toda a sua família tiveram grandes lições de vida com tudo o que passaram, mas aquela que me tocou mais se refere aos milagres. Milagres que estão por todos os cantos, o tempo todo, e deixamos de notá-los.

Esse filme não é apenas para os religiosos, é para todos que acreditam em uma força maior acima de nós. É para todas as pessoas que têm fé em algo. É para todas as pessoas que veem milagres todos os dias, em coisas pequenas e simples, até em coisas de tirar o fôlego.

É incrível como deixamos esses milagres passarem despercebidos, mas a grande lição que o filme deixou para mim é que todos os dias são milagres. O simples fato de acordarmos, de estarmos vivos, já um grande milagre. Se há uma coisa que “Milagres no Paraíso” fez crescer em mim foi a minha fé.

Continuo não sendo uma pessoa muito religiosa, mas mesmo assim acredito que há sim um poder maior pairando sobre nós, seja ele qual for. E é esse poder que nos proporciona o simples milagre de viver.


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