O que “Adoráveis Mulheres” nos ensina sobre mulheres serem mais do que amor e beleza
Tinha grandes expectativas com o filme “Adoráveis Mulheres” e todas elas foram atendidas.
Para quem não assistiu, a história gira em torno de quatro irmãs: Jo, Beth, Meg e Amy. Por mais que tenham personalidades e sonhos diferentes, todas têm uma paixão em comum, a arte.
Elas se dividem entre a literatura, a atuação, a pintura e a música. Só isso já me chamou bastante a atenção, pois não é novidade para ninguém que adoro pessoas com dons artísticos.
Por mais que seja a história das quatro irmãs, o maior foco é Jo, a escritora. É claro que me identifiquei bastante com ela, pois ao longo do filme somos apresentados às dificuldades que ela enfrenta para publicar seus textos e, posteriormente, o seu primeiro livro.
Quais são os desejos de uma mulher?
Essa foi uma pergunta que me perseguiu por bastante tempo após assistir “Adoráveis Mulheres”, pois a própria Jo questiona isso o tempo todo.
Diferente de suas irmãs, a personagem afirma que não tem intenção de se casar. Ela preza por sua liberdade e não vê necessidade em seguir os padrões da época. Tem sonhos e quer realizá-los.
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Mesmo assim, um amigo da adolescência se apaixona pela garota e depois de um tempo de amizade ele se declara. Ela não aceita o seu amor. Diz que não será capaz de retribuir o sentimento e não devem se casar para não se machucarem.
A personalidade forte de Jo vai contra os ideais românticos. O normal seria a mocinha se apaixonar também e viver feliz para sempre, não é mesmo?
Jo tem outros desejos e deixa clara sua indignação com a sociedade:
“Mulheres têm mentes e almas, além de apenas corações. E elas têm ambições e talento, além de beleza. Cansei de ouvir que, à mulher, cabe apenas o amor. Cansei disso.”
Em uma época em que uma mulher estava destinada a nascer, se casar e ter filhos, ir contra a maré era um enorme desafio. Jo me impressiona e me inspira, afinal, por mais que muito já tenha sido conquistado, a jornada de nós mulheres ainda é longa.
As mulheres ainda são vistas como fracas e inferiores aos homens em diversos aspectos.
Não podemos andar na rua à noite sem medo de sermos agredidas; não podemos ter relações sexuais sem um compromisso sério que somos chamadas de vagabundas; não podemos decidir não casar e não ter filhos sem sermos julgadas.
Ainda há muito o que conquistar. Há muito pelo o que lutar.
O seu sonho não diminui o meu
Há, enfim, uma cena do filme em que Meg, uma das irmãs, vai se casar. Jo está triste e não consegue enxergar que só porque ela não tem vontade de se casar não significa que Meg seja igual.
Esse trecho da história me tocou bastante também justamente por me lembrar de que o sonho do outro não é o mesmo que o meu. E está tudo bem.
Cada pessoa tem o direito de ter as suas próprias ambições sem sofrer julgamentos, mas infelizmente não é isso o que acontece. Existe uma fórmula padrão que a sociedade encara como o caminho “certo” e todos que desviam um pouquinho são questionados.
“Ah, mas por que não vai se casar? Não encontrou ninguém?”
“Como assim não vai ter filhos?”
Quantas de nós já não tivemos que lidar com perguntas como essas? Aposto que todo dia milhões de mulheres precisam justificar suas escolhas.
A imagem da mulher no mundo
A cada ano que passa, lutamos para que a imagem da esposa, dona de casa e mãe de cinco filhas não seja a única imagem possível para uma mulher. Quem quiser ser esse tipo de mulher, tudo bem, mas quem não quer precisa saber que existem outros caminhos sim.
Jo é uma personagem que nos dá forças para descobrir esses novos caminhos. Vemos ela dedicando tudo de si para escrever seu livro e eu, como escritora, me senti muito acolhida nesse momento da história.
Passou noites em claro no sótão de sua casa escrevendo e reescrevendo o que se tornaria o livro sobre a história de sua vida com as irmãs. Quando entrega o exemplar ao editor, ele diz que o final precisa ser diferente.
O final do livro precisa, segundo ele, ser agradável e feliz. Na verdade, o que ele quis dizer é que o final do livro precisa reforçar a imagem da mulher no mundo naquela época.
E, naquela época, a mulher era feita para nascer, se casar e ter filhos.
Jo nos prova o contrário. A mulher nasce para criar, sonhar e tornar tudo o que desejar realidade. É isso que ela faz como escritora e é o que eu também tento fazer todos os dias da minha vida.
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Quando iniciei a minha trajetória como escritora, pouco sabia sobre os caminhos, como me desenvolver, como publicar meus livros, entre muitas outras questões. Infelizmente, o acesso à informações nesse meio é muito mais restrito do que deveria e as pessoas não sabem como conciliar as obrigações com o sonho de serem escritoras.
Garanto que não é fácil, mas é possível. Jo nos mostrou que era possível anos atrás e, hoje, eu e outros escritores estamos aqui para mostrarmos isso também.
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