O que a morte do jornalista Ricardo Boechat nos ensina sobre a vida

autoconhecimento
Bruna Cosenza
12 de fevereiro de 2019

Podemos sofrer com as perdas inesperadas da vida, porém, o mais importante é ser capaz de extrair dessa dor todos os aprendizados e significados que a dor pode ter. A morte do jornalista Ricardo Boechat é triste, inesperada e nos faz lembrar que todo dia pode ser nosso último dia.

De vez em quando me pego pensando na loucura que é a vida.

Um dia estamos aqui e de repente não estamos mais. A morte inesperada do jornalista Ricardo Boechat é mais um desses momentos que nos gera um respiro, um suspiro e muitas reflexões.

Há pouco tempo, minha tia avó também se foi fisicamente deste mundo. Não foi um acidente trágico como este, mas uma doença tão repentina quanto. Em menos de 2 semanas ela se foi.

Assim como Boechat, ela deixou esse mundo sem um aviso prévio. Imagino que os poucos segundos que antecederam a queda do helicóptero também foram assim: repentinos, traiçoeiros.

A vida é uma loucura. Basta estar vivo para ir embora. Nunca sabemos quando chegará a nossa hora, mas vivemos com a “falsa sensação” de que nunca será amanhã.

Eis o recado que a morte de Boechat e tantas outras nos deixam: sempre pode ser amanhã. Isso não significa que devemos passar 24h por dia com medo e aflitos, mas sim que devemos estar sempre (sempre mesmo) vivendo a vida que queremos.

Pouco adianta viver neste mundo se não for fazendo o que gostamos, rodeado de quem amamos. Fácil nunca será. Com certeza é mais simples apenas falar.

Mas eu garanto que só assim a sua vida terá um significado e tudo não terá sido em vão.

Sentimos muito pela perda de Boechat, mas vamos dormir mais conscientes de que ninguém nunca está imune à única certeza dessa vida: um dia iremos embora, só não sabemos como nem quando.

Então nada mais justo do que irmos atrás dos nossos sonhos e desejos hoje. Afinal, só sabemos que temos o agora. O depois pode nem chegar.