O que você faz quando se sente desconectado?
É normal se sentir desconectado em algumas fases da vida. As crises e insatisfações são benéficas em certo sentido, pois nos impulsionam para novas versões de nós mesmos. E estas versões são capazes de nos direcionar para caminhos significativos e alinhados à nossa essência.
Isso tudo não significa que tal desconexão seja agradável, pelo contrário. Pode ser bem desconfortável se sentir perdida e com tantos questionamentos e inseguranças. E, para completar, nem sempre é fácil encontrar as respostas e traçar novas rotas, mas com as ferramentas e pessoas certas ao seu lado, o processo se torna menos doloroso.
Estou me propondo a falar sobre este assunto porque já vivi muitos momentos de desconexão ao longo da vida, alguns mais difíceis do que outros. Desde a minha primeira crise, o autoconhecimento se tornou indispensável no meu dia a dia e, sempre que possível, busco novas maneiras de me conectar comigo mesma e me conhecer melhor. Afinal, as transformações são constantes.
Sei que é um tema delicado e sensível, por isso, com toda a empatia que existe dentro de mim, escrevi este artigo na esperança de conseguir iluminar o caminho de quem se sente ou já se sentiu desconectado (ou até mesmo quem quer se preparar para esse tipo de momento). Espero conseguir inspirar e confortar corações aflitos de alguma forma!
Conexão com o seu “eu”
Nem todo mundo tem o hábito de ficar na própria companhia. Mais do que isso: muita gente não se sente confortável nesse tipo de situação. Para mim, a solitude sempre foi muito necessária e natural, mas entendo que possa gerar algum tipo de desconforto em certas pessoas.
Acredito que os momentos em que estamos nos sentindo desconectados exigem solitude. É preciso encarar o silêncio interior para conseguir começar a entender a causa das inquietações. Quando estamos o tempo todo rodeados de pessoas, barulhos e sensações, nem sempre reparamos de verdade naquilo que está se remexendo dentro da gente.
Nessa rotina maluca que vivemos entre trabalho, compromissos e lazer, é muito fácil deixar o nosso “eu” abandonado, sem o afeto e o cuidado necessários. É comum ignorarmos nossas dores, vontades, desejos, ambições e medos, que são completamente atropelados pelas preocupações e problemas do dia a dia.
O nosso “eu” está sempre lá, mesmo que meio escondido… O processo de olharmos para ele com carinho não é fácil, mas necessário para vivenciar todo esse processo de reconexão.
Conexão com o outro
Você tem se conectado com as pessoas certas? E com “certas” quero dizer aquelas que fortalecem a sua melhor versão e fazem você se sentir viva, forte e feliz. Acredito que a energia que os outros emanam pode ser positiva ou negativa e, por isso, estar rodeado das pessoas que te fazem bem é tão importante.
O ser humano é sociável e precisa de outros indivíduos para viver com paz e bem-estar. Os vínculos afetivos são fundamentais para toda a construção de uma vida, mas se não forem muito bem administrados e dosados, também podem contribuir para a desconexão.
É necessário reforçar que, para se conectar com pessoas alinhadas à sua essência, antes de qualquer coisa é preciso se conhecer. Por isso, a etapa do “eu” é tão fundamental. Como sei quem pode me fazer bem se nem eu mesma sei o que me faz bem?
Viu como uma coisa está conectada com a outra?
Conexão com o mundo
Em um mundo tão vasto e repleto de possibilidades, você sabe qual é o seu lugar? Muita gente fala sobre propósito, mas essa palavra acabou virando um pequeno monstrinho assustador, afinal, e se eu nunca encontrar o meu propósito?
Na realidade, quando falo sobre conexão com o mundo estou me referindo a encontrar um papel significativo para a sua existência. Isso não precisa estar relacionado a um grande propósito ou algo do tipo, mas deve preencher a sua vida.
É sobre refletir o que te faz se sentir empolgada, positiva e feliz todos os dias. Aquilo que traz incentivo e motivação, sabe? Pode ser um hobby, um projeto, um papel social ou até mesmo o seu trabalho. Cada um vai encontrar o seu caminho — ou vários caminhos, porque mudamos ao longo da vida, e está tudo bem.
Tudo parte do autoconhecimento
Falei sobre três pilares de conexão: com o seu próprio eu, com os outros e com o mundo. É bem difícil manter os três em equilíbrio o tempo todo, mas é possível se preparar para os momentos de instabilidade. Como?
Por meio do autoconhecimento.
Quanto mais você se conhece, maiores as chances de fazer escolhas alinhadas à sua essência, se conectar com as pessoas “certas” e encontrar caminhos significativos durante a sua existência.
E justamente porque se autoconhecer é um processo doloroso e complexo que existem profissionais que são capazes de conduzi-lo para que seja o melhor possível. Mesmo já tendo muitas ferramentas de autoconhecimento no meu dia a dia, estou sempre disposta a aprender mais sobre mim mesma.
Por isso, estou começando um programa chamado “re(Conexão)”, ministrado por uma amiga de infância, a Rafaela Gentil Ferraz, que é terapeuta transpessoal. Sei que, assim como qualquer outro ser humano, tenho muitas camadas e este programa vai me ajudar a desvendá-las um pouco mais.
São 8 encontros para entrar em contato com o seu inconsciente, a sua história, os seus sonhos e a sua espiritualidade. Um processo muito especial e necessário para todos que sentem vontade de se reconectar com a própria essência.
Para saber mais sobre o programa, acesse a página no Instagram da Rafaela: @ame.people.