A tragédia em Paris nos faz lembrar de que esquecemos nossa humanidade
Há anos vemos pessoas de religiões diferentes em guerra. Há anos, vemos casos de terrorismo que matam inúmeros inocentes. Parece que o mundo vive à beira de um colapso, que os conflitos estão em um eterno stand-by, até explodirem de uma vez. E quando isso acontece, como foi ontem em Paris, pessoas de todos os cantos desse planeta se comovem e se lembram de que, apesar de sermos divididos por nações, raças e religiões, ainda somos todos humanos.
Somos todos humanos. Temos uma mesma essência. Todo o resto é apenas criação. Criamos nações para as relações comerciais, para as diferentes culturas; criamos a denominação de raças para justificar por que alguns são brancos e outros pretos; criamos a religião para darmos algum sentido e conforto para uma existência aparentemente sem sentido nenhum. E nos seguramos a essas coisas, como se precisássemos disso para existirmos.
Não há nenhum problema em todas essas criações, mas antes de qualquer coisa, deveríamos nos segurar ao fato de que somos uma só humanidade e vivemos em um único planeta. Porque no final das contas, todas as bilhões de pessoas que existem nesse mundo são uma coisa só: HUMANOS.
Ser humano é a nossa essência antes de qualquer coisa. Antes de raça, religião e nacionalidade, somos todos humanos. É isso o que está faltando no mundo: consciência de que somos uma coisa só.
Hoje, mais do que nunca, vamos lutar por um mundo em que as pessoas se dão conta de que guerra não leva a lugar nenhum que não seja a morte. Hoje, mais do que nunca, vamos mandar vibrações de amor e paz para todos que sofrem com a rivalidade, a morte, o terrorismo. Hoje, mais do que nunca, vamos tentar nos preencher com o pensamento de que somos todos humanos. Porque é isso o que somos: todos humanos.