Por mais amores que nos completem imensamente
Todo mundo já teve as suas paixonites, não é mesmo? Principalmente na nossa adolescência, quando temos maior tendência para idealizar o outro, e ficamos completamente bobos pensando na pessoa amada dia e noite.
Acredito que essas paixonites vão evoluindo e mudando bastante conforme a gente cresce. Isso porque, na maioria das vezes, ficamos calejados. O coração que palpitava freneticamente e, muitas vezes, dava mais importância para a aparência do que para o interior da pessoa, começa a exigir outro tipo de coisa.
Os calos de nossos sofrimentos anteriores começam a nos alertar mais continuamente em relação aos perigos que estamos enfrentando e, às vezes, ficamos até mais duros em relação ao amor. Não acredito que seja bom ficar tão calejado, mas muitas vezes é um processo inconsciente e que é simplesmente a consequência de nossos relacionamentos passados.
Porém, apesar de todas essas diferenças nas fases de vida do amor, há uma coisa que é sempre a mesma: buscamos alguém que nos complete imensamente. Talvez o que mude seja como o outro vai nos completar, pois conforme crescemos as nossas necessidades mudam e, consequentemente, o outro precisa acompanhar. Quando temos 15 anos as nossas prioridades e exigências são muito diferentes de quando temos 25. E quanto mais os anos passam, mais maduros e calejados ficamos, ou seja, o significado de alguém que nos “complete imensamente” muda também.
Mas a verdade é que no fim do dia isso é o mais importante, não é mesmo? Se for pra ter alguém ao lado, que seja quem sempre te impulsione para frente e que, com todo o seu amor, te complete imensamente – e como essa pessoa vai te completar é algo único e que só você tem o poder de decidir.