A dor não pode passar despercebida. Ela precisa ser sentida.

autoconhecimento
Bruna Cosenza
12 de dezembro de 2016

Toda dor precisa ser sentida. Não importa se é pequena ou grande; se é resultante de um problema social ou de uma questão puramente pessoal; se é algo que mobiliza metade do mundo ou apenas você. Se é uma dor, ela precisa ser sentida. Isso porque se não for sentida, passará despercebida.

E o que significa uma dor passar despercebida? Significa que ela foi, de certa forma, “ignorada” ou “colocada embaixo do tapete”. Em outras palavras: ela vai continuar latejando lá no fundo até que um dia qualquer pode voltar e causar o maior rebuliço.

A verdade é que sentir a dor até a última gota é a única maneira de eliminá-la de uma vez por todas. Se é difícil? Muito. Mas toda dor é feita de sentimentos e sentimentos são feitos justamente para serem sentidos. Temos essa tendência de querer fugir do que causa angústia e tristeza, mas a verdade é que muitas vezes essa é a porta que nos leva para novos caminhos. E novos caminhos significam um crescimento pessoal importante durante a vida.

Por isso digo e repito: independente da magnitude da sua dor, ela precisa ser sentida. Não deve ser diminuída ou menosprezada, e muito menos ignorada. Só porque não está relacionada à pobreza na Somália, não significa que não seja digna de ser sentida. Afinal, toda dor tem o direito de ser doída. Toda dor tem o direito de ser sentida. A única coisa que ela não tem o direito é de passar despercebida.